sábado, 28 de maio de 2016
"Sopro de Vida que vem e que vai"
A vida precisa ser renovada. A morte é a mudança que estabelece a renovação. Quando alguém parte, muitas coisas se modificam na estrutura dos que ficam e, sendo uma lei natural, ela é sempre um bem, muito embora as pessoas não queiram aceitar isso. Nada é mais inútil e machuca mais do que a revolta. Lembre-se de que nós não temos nenhum poder sobre a vida ou a morte. Ela é irremediável.
O inconformismo, a lamentação, a evocação reiterada de quem se foi, a tristeza e a dor podem alcançar a alma de quem partiu e dificultar-lhe a adaptação na nova vida. Ele também sente a sensação da perda, a necessidade de seguir adiante, mas não consegue devido aos pensamentos dos que ficaram, a sua tristeza e a sua dor.
Se ele não consegue vencer esse momento difícil, volta ao lar que deixou e fica ali, misturando as lágrimas, sem forças para seguir adiante, numa simbiose que aumenta a infelicidade de todos.
Pense nisso. Por mais que esteja sofrendo a separação, se alguém que você ama já partiu, libere-o agora. Recolha-se a um lugar tranqüilo, visualize essa pessoa em sua frente, abrace-a, diga-lhe tudo que seu coração sente. Fale do quanto a ama e do bem que lhe deseja. Despeça-se dela com alegria, e quando recorda-la, veja-a feliz e refeita.
A morte não é o fim. A separação é temporária. Deixe-a seguir adiante e permita-se viver em paz.
"A morte é só uma mudança de estado.
Depois dela, passamos a viver em outra dimensão"
(Zíbia Gasparetto)
NANÃ
Entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, existe um portal. É a passagem, a fronteira entre a vida e a morte.Sua regente: Nanã. Senhora da morte, geradora de Iku (morte). Deusa dos pântanos e da Lama. Mãe da varíola, regente das chuvas, Nanã é de origem Jeje, da religião da Dassa Zumê e Savê, no Daomé, hoje conhecida com República de Benin.
A mais temida de todas os Orixás. A mais respeitada. A mais velha, poderosa e seria. Nanã é o encantamento da própria morte. Seus cânticos são súplicas para que leve Iku – a morte – para longe e quem permite que a vida seja mantida.
É a força da Natureza que o homem mais teme, pois ninguém quer morrer! Ela é a Senhora da passagem desta vida para outras, comandando o portal mágico, a passagem das dimensões.
Nas casas de Santo, Nanã é extremamente cultuada e temida, pelo poder que ostenta. É ela a mãe da varíola e se faz presente quando existe epidemia da doença.
Nanã também está presente nos lodaçais, lamaçais, pois nasceu do contanto com água com a terra, formando a lama, dando origem à sua própria vida. Em terras da África, Nanã é chamada de Iniê e seus assentamentos (objetos sagrados) são salpicados de vermelho.
Nanã é lama, é terra com contato com a água. Nanã também é o pântano, o lodo, sua principal morada e regência.
Ela é a chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie de lavagem do corpo, homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento. Por isso, não devemos blasfemar contra a chuva, que muita vezes estraga passeios, programas, compromissos, festas e acontecimentos. A chuva é a parte da vida, que vai irrigar a terra, Se ela cai demais, é porque a força da Natureza, Nanã, está insatisfeita. E, amigo... queira ver tudo, mas não queira ver a ira de Nanã. Posso lhe assegurar que não existe nada mais feio!
Considerada a Iabá (orixá feminina) mais velha, foi anexada pelos iorubanos nos rituais tal a sua importância. Nanã é a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida. É agradar a morte, para viver em paz. Nanã é a mãe, boa, querida, carinhosa, compreensível, sensível, bondosa, mas que, irada, não reconhece ninguém.
Nanã é o Orixá da vida, que representa a morte. E a isso devemos o máximo respeito e carinho.
Nossa Senhora da Boa Morte
A veneração a Nossa Senhora da Boa Morte é uma tradição da Igreja Católica. No ano de 1661, no sítio do Cabo, na freguesia da Ponta do Pargo Portugal[1] , já existia uma capela de Nossa Senhora da Boa Morte, fundada por Francisco Homem de Couto. O culto chegou ao Brasil por meio dos portugueses.
A imagem de Nossa Senhora da Boa Morte pode ser venerada em Salvador, Bahia, na igreja da Glória e Saúde, mas é na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano é onde são realizadas as maiores celebrações organizadas anualmente pela Irmandade da Boa Morte. Possui tais características:
• Incorpora elementos da cultura afro-brasileira,
• Tem mais de duzentos anos,
• Só admite mulheres com mais de quarenta anos de idade,
• São na maioria adeptas do candomblé.
Existe também na cidade de Santos em São Paulo, uma Confraria de Nossa Senhora da Boa morte, localizada no Convento de Nossa Senhora do Carmo dos carmelitas.
(fonte:wikipédia)
Budismo Tibetano - Livro dos Mortos- BARDO
Bardo (em sânscrito: Antarabava) é, para o budismo tibetano, um estado de existência intermediária entre a morte e o renascimento.
São quatro os principais bardos:
Bardo do local de nascimento
Bardo do momento da morte
Bardo da verdadeira natureza dos fenômenos
Bardo do renascimento ou do vir a ser
O bardo do local do nascimento contém, ainda, mais dois bardos:
Bardo dos sonhos
Bardo do estado de meditação
Totalizando, assim, seis bardos.
Uma obra fundamental do budismo tibetano é o Bardo Thodöl (literalmente, "libertação do estado intermediário"), conhecido também como "Livro Tibetano dos Mortos". É um texto sagrado que é lido a fim de instruir a consciência de um morto de modo que ela saiba como se dirigir à iluminação nos estados pós-morte. Trata-se da principal prática budista tibetana, ou seja, a transferência da consciência (phowa).
Fonte: wikipédia
"De onde é que vem....
De onde é que vem esse sonho tão triste
De onde é que vem esse canto de dor
Vem da terra que implora a vida
Da cachoeira que sofre, da pedra
De onde é que vem esse canto sombrio
Vem de onde o Sol se põe
E a escuridão da noite, leva embora tudo o que passou
A esperança que emana do céu
No amanhecer um sabor doce de mel,
A sua historia vem nos contar pra onde vai,
De onde veio esse lindo lugar,
Da sua pele a terra se fez,
De suas lagrimas a chuva vem,
De sua boca o vento é que vem,
De seus cabelos a água se tem,
De onde é que veio e para onde irá,
Sopro de vida que vem e que vai,
O céu azul que vem nos mostrar essa historia não vai acabar
De onde é que vem esse canto sombrio
Vem de onde o Sol se põe
E a escuridão da noite, leva embora tudo o que passou
A esperança que emana do céu
No amanhecer um sabor doce de mel,
A sua historia vem nos contar pra onde vai,
De onde veio esse lindo lugar,"
Autor
LMD- Templo de Nanã Buruque
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